Fülszöveg
A CINEQUANON nasce em principios de 1974, impulsionada por um grupo de trabalhadores de cinema que devido aos resultados da sua prática anterior, se achavam decididos a recusar definitivamente as estructuras caducas das relaçôes de produçao, no campo da actividade cinematográfica.
Inicialmente, pensaram os sócios da cooperativa que poderiam dedicar-se a produzir apenas filmes de fundo de ficçâo, embora em novos moldes de trabalho; entretanto surgiu o 25 de Abril, e com ele, profundas modificaçÔes se deram nas perpectivas do cinema a fazer em Portugal. A legalizaçâo da CINEQUANON concretiza-se em Junho de 1974.
Os membres da cooperativa renunciaram entao ao tipo de trabalho previsto, para se dedicarem a realizaçâo de filmes de intervençao política e social para a televisâo, o que Ihes pareceu uma prática de actuaçâo mais correcta tendo em conta as necessidades urgentes, no campo da comunicaçao de massas, do mornento nacional.
Desta experiencia tao estimulante como rica de...
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A CINEQUANON nasce em principios de 1974, impulsionada por um grupo de trabalhadores de cinema que devido aos resultados da sua prática anterior, se achavam decididos a recusar definitivamente as estructuras caducas das relaçôes de produçao, no campo da actividade cinematográfica.
Inicialmente, pensaram os sócios da cooperativa que poderiam dedicar-se a produzir apenas filmes de fundo de ficçâo, embora em novos moldes de trabalho; entretanto surgiu o 25 de Abril, e com ele, profundas modificaçÔes se deram nas perpectivas do cinema a fazer em Portugal. A legalizaçâo da CINEQUANON concretiza-se em Junho de 1974.
Os membres da cooperativa renunciaram entao ao tipo de trabalho previsto, para se dedicarem a realizaçâo de filmes de intervençao política e social para a televisâo, o que Ihes pareceu uma prática de actuaçâo mais correcta tendo em conta as necessidades urgentes, no campo da comunicaçao de massas, do mornento nacional.
Desta experiencia tao estimulante como rica de ensinamentos (que levou as equipas da Cinequanon a percorrer os mais variados pontos do país e a contactar com as populaçôes locáis) nascem muitas dezenas de filmes de 25 a 40 minutos, destinados em grande parte aos programas "Artes e Oficios" e "Sonhos e Armas",.para a TV. Salientam-se: Arquitectura e Habitaçao; Brecht em Portugal; Arte Culinária e Alimentaçao Racional; Aborto — Sim ou Nâo? ; Estevais — Ano Zéro; O Problema do Alcoolismo; Campanha de Alfabetizaçâo em Trás-os-Montes; O circo; Inquërito ao Gabinete da Área de Sines; O 28 de Setembro e Um Dia de Trabalho; COMUNAL — Cooperativa em Árgea; 11 de Março; Cooperativa Cesteira na Beira Alta; A Independencia de Moçambique; Ocupaçâo de Terras na Beira Alta; Liberdade para José Diogo; Teatro Popular na Beira Baixa; Tomada de Consciencia Política duma Aldeia Beirâ; Cooperativa Agrícola Torrebela; Greve na Construçâo Civil; SETUBALENSE — Um jornal Regional em Autogestâo; etc.
Também para a televisao, a Cinequanon produziu e realizou a série "Um dia na vida de " (3 filmes), "Antigás Profissôes" (12 filmes), e "Viver ou Sobreviver" (2 filmes), estando actualmente a realizar a série "Movimento Cooperativo em Portugal".
Nâo integradas em nenhum dos programas indicados, salientam-se as longas-metragens Procissâo dos Bebados, Fátima Story e Chorar o Entrudo, também destinadas, inicialmente, a televisao.
A partir de 1976, tendo consolidado a sua estrutura interna, quer ao nfvel dos quadros profissionais que a constituem, quer ao nivel de infraestructuras técnicas, a cooperativa pode iniciar uma produçao intensiva para cinema, e nao apenas para televisao. Neste campo sao de referir as longas-metragens A Confederaçao e As Horas de María, bem como as médias-metragens Areia Lodo e Mar, Colonias e Vilôes — (Agricultura na Madeira), Ressio de Santa Justa, Teatro Independente, Zona Cuente em Terra Fria, e Liberdade para José Diogo (nova versao).
Vissza